quinta-feira, 31 de maio de 2007

Vícios de Linguagem

Boa tarde!
Hoje vou estar abordando um assunto que é da maior importância: os vícios de linguagem. Vícios de linguagem são desvios das normas da gramática padrão da língua, por descuido ou desconhecimento. A nível de exemplo, gostaria de estar enfatizando dois vícios muito comuns, que são o gerundismo e o “aniveldeismo”. O primeiro consiste em estar falando e escrevendo colocando os verbos no gerúndio, dando a idéia de que a ação nunca acaba. Assim, vou transferir a ligação vira um eterno vou estar transferindo a ligação, e o pobre interlocutor do outro lado da linha é quem paga a conta.
E quanto ao aniveldeismo, minha Nossa Senhora dos Gramáticos Desvalidos, ajudai-nos! É um tal de a nível de pra cá, a nível de pra lá, e a paciência acabando. Como podem essas pessoas assassinarem a língua e ficar tudo por isso mesmo? O dito pelo não-dito, e o mau-dito na boca do povo.
Sem falar nos pleonasmos viciosos viciando a gente o tempo todo. Será que tem remédio pra isso? Terapia de grupo, talvez? Estou pensando em fundar um. Seria o AGA – Assassinos da Gramática Anônimos.
Já o neologismo é um vício de linguagem que se caracteriza pela criação desnecessária de palavras ou expressões novas no idioma. Mas não venham com implicâncias pra cima do meu aniveldeismo!
Agora, tem um que tem um nome pra lá de pomposo: solecismo. Alguém aí sabe o que é um solecismo? Pois prestem atenção que eu só vou falar uma vez. Me ajude, Nossa Senhora, por que não agüento mais essa gente começando frase com pronomes pessoais oblíquos (me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes, se). Mas, solecismo não é só isso, não. Para ser mais exata, trata-se de um desvio de sintaxe quanto à concordância, regência ou colocação pronominal. A partir de agora, vocês já sabem: se virem um solecismo, não deixem de corrigi-lo.
E não se esqueçam de corrigir também os barbarismos pra lá de bárbaros, com suas grafias imcorretas, com suas pronúncias pobremáticas e seus estrangeirismos over.
Bom, vou ficando por aqui. Espero ter contribuído um pouco para que as pessoas que por aqui estejam passado, a nível de curiosidade, possam estar refletindo sobre esses vícios que tanto viciam a gente, no dia-a-dia cotidiano. E que possamos todos demonstrar um pouco de zelo para com nossa língua materna, cometendo menas indelicadezas com ela e com nossos interlocutores, que não têm de agüentar ninguém falando e escrevendo errado o tempo todo!

Até a próxima.
Bia Loivos.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Você sabia?

A língua portuguesa, com mais de 210 milhões de falantes nativos, é a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no mundo ocidental. Idioma oficial único do Brasil, e idioma oficial, conjunto com outros idiomas, de Portugal (cuja segunda língua oficial é o mirandês), Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, é falada na antiga Índia Portuguesa (Goa, Damão, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli), além de ter também estatuto oficial na União Européia, no Mercosul e na União Africana.

A situação da Galiza e do galego em relação ao português é controversa. De um ponto de vista político e, portanto, oficial, o Galego é uma língua porque assim o determinam os organismos de estado Espanhol e da Região Autônoma da Galiza, com legitimidade democrática. De um ponto de vista científico, a idéia de que o galego é uma variante dialetal da língua portuguesa reúne hoje um vasto consenso, sendo estudado a par com as restantes variantes do português nas universidades e centros de investigação lingüística.

A língua portuguesa é uma língua românica (do grupo ibero-românico), tal como o castelhano, catalão, italiano, francês, romeno e outros.
Assim como os outros idiomas, o português sofreu uma evolução histórica, sendo influenciado por vários idiomas e dialetos, até chegar ao estágio conhecido atualmente. Deve-se considerar, porém, que o português de hoje compreende vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, muitas vezes bastante distintos, além de dois padrões reconhecidos internacionalmente (português brasileiro e português europeu). No momento atual, o português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cem milhões de pessoas com duas ortografias oficiais (note-se que línguas como o inglês têm diferenças de ortografia pontuais, mas não ortografias oficiais divergentes), situação a que o Acordo Ortográfico de 1990 pretende pôr cobro.

Segundo um levantamento feito pela Academia Brasileira de Letras, a língua portuguesa tem, atualmente, cerca de 356 mil unidades lexicais. Essas unidades estão dicionarizadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa .
O português é conhecido como a língua de Camões (por causa de Luís de Camões, autor de Os Lusíadas), A última flor do Lácio, expressão usada no soneto Língua Portuguesa de Olavo Bilac ou ainda A doce língua por Miguel de Cervantes.

Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde a costa Africana até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas. Como resultado dessa expansão, o português é agora língua oficial de oito países independentes, e é largamente falado ou estudado como segunda língua noutros. Há, ainda, cerca de vinte línguas crioulas de base portuguesa. É uma importante língua minoritária em Andorra, Luxemburgo, Namíbia, Suíça e África do Sul. Encontram-se, também, numerosas comunidades de emigrantes, em várias cidades em todo o mundo, onde se fala o português como Paris na França; Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá; Boston, New Jersey e Miami nos EUA e Nagoya e Hamamatsu no Japão.

Leia mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Língua_portuguesa

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Unificação da Língua Portuguesa

Recentemente recebi por e-mail o seguinte texto,e gostaria de compartilhá-lo com vocês:

Até o final do ano, deverá entrar em vigor o "Acordo Ortográfico da LínguaPortuguesa". Os países-irmãos Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste terão, enfim, uma única forma de escrever. As mudanças só vão acontecer porque três dos oito membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) ratificaram as regras gramaticais do documento proposto em 1990. Brasil e Cabo Verde já haviam assinado o acordo e esperavam a terceira adesão, que veio no final do ano, em novembro, por São Tomé e Príncipe.
Tão logo as regras sejam incorporadas ao idioma, inicia-se o período de transição no qual ministérios da educação, associações e academias de Letras, editores e produtores de materiais didáticos recebam as novas regras ortográficas e possam, gradativamente, reimprimir livros, dicionários, etc.O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado. No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar as mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.

O que muda

As novas normas ortográficas farão com que os portugueses, por exemplo, deixem de escrever "herva" e "húmido" para escrever "erva" e "úmido". Também desaparecem da língua escrita, em Portugal, o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como nas palavras "acção", "acto","adopção", "baptismo", "óptimo" e "Egipto". Mas também os brasileiros terão que se acostumar com algumas mudanças que, a priori, parecem estranhas. As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de "abençôo", "enjôo"ou "vôo", os brasileiros terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo". Também não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar","ler", "ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia "creem", "deem","leem" e "veem".
O trema desaparece completamente. Estará correto escrever "linguiça","sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio. O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação do "k",do "w" e do "y" e o acento deixará de ser usado para diferenciar "pára"(verbo) de "para" (preposição). Outras duas mudanças: criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos"em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos", além da eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia".

Boas-vindas aos visitantes!

Bom dia, leitor!

É com muito prazer que inauguro hoje, dia 28 de maio de 2007, o blog Viva a Língua. Ele nasceu de uma conversa (muito proveitosa, por sinal) que tive com Bruno e Ivan, pessoas queridas, em alguma noite fria dessas que têm feito aqui em Niterói (RJ, Brasil), neste mês de maio.

Quem me conhece sabe que uma das coisas de que mais gosto é a Língua Portuguesa. Ela me fascina desde os tempos mais remotos do ensino primário. Ah... Bons tempos em que a gente tinha de conjugar os verbos em diferentes tempos e pessoas fazendo o dever de casa....

Mais tarde, já cursando o Ensino Médio (que naquela época ainda se chamava 2º Grau), eu me deliciava fazendo análise sintática e morfológica durante e até depois da aula! Em casa, era talvez a única matéria que eu estudava por puro prazer, e fazia exercícios lá do final do livro quando ainda estávamos no meio do ano letivo. Bons tempos.

Não sei por que não fiz vestibular para Letras! Todos à minha volta apostavam nisso. Mas fiz para Psicologia, passei e hoje estou formada. Como gosto de dizer, sou psicóloga por formação, amante das letras por vocação e sonhadora por teimosia.
E foi conversando que chegamos à conclusão de que seria bem legal se eu criasse um blog onde pudesse falar de algo que eu realmente gosto. Um espaço onde eu pudesse compartilhar o amor à língua materna com pessoas de toda parte.

Naquele dia nasceu a idéia. Hoje nasce o blog; e espero que todos os que passarem por aqui gostem do que vão ver e deixem seus comentários, críticas e sugestões para, juntos, construírmos esse espaço dedicado ao fabuloso universo das palavras. Fica aqui o meu singelo agradecimento a essas duas pessoas que tiveram especial importância na gestação do blog Viva Língua. Bruno e Ivan, muito obrigada pelo incentivo!

O Viva a Língua é um blog sobre Língua Portuguesa. Aqui vocês encontrarão de tudo um pouco: informação, entretenimento, literatura, curiosidades etc.

Boa leitura.