quarta-feira, 15 de setembro de 2010

POESIA E PROSA: HOJE, AGORA

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I ENCONTRO DO FÓRUM DE LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA POESIA E PROSA: HOJE, AGORA

FACULDADE DE LETRAS – UFRJ 21 e 22 de setembro de 2010 – das 9h às 16h

Informações e inscrições (até dia 17/09): Setor de Literatura Brasileira – Departamento de Letras Vernáculas Site: http://www.forumdeliteratura.com

E-mail: contemporanea.ufrj@gmail.com

sábado, 19 de junho de 2010

José Saramago

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Ontem, 18 de junho de 2010, morreu o escritor português José Saramago. Havia tomado o café com  a esposa minutos antes, e os dois estavam conversando, em casa. Um momento como tantos outros, trivial, familiar, corriqueiro. Mas 18 de junho não foi um dia como todos os outros. Não o foi para Pilar, a esposa, e não o foi para a Literatura.

Imagino a palavra cortada, o sobressalto  da mulher, o suspiro. De repente, a morte. O mundo perdeu um grande homem. A língua portuguesa, um mestre!

Como disse António García Barreto, "agora há unanimidade quanto a José Saramago. Toda a gente diz que ele morreu. E é verdade." 

Mas, enquanto viveu, Saramago despertou  antipatia por suas declarações polêmicas e  sua escrita ácida, cortante, dirigida muitas vezes às religiões, sobretudo às grandes instituições religiosas – em particular, a Igreja Católica.

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É que ele celebrava a vida, e no mundo há muita gente que deprecia a vida, que se apraz em fazer da existência uma experiência ruim, para si e para os outros, “em nome  da fé.”

Saramago sempre foi o contrário disso. Ateu, talvez se pudesse dizer que sua fé era na própria vida e nos homens. Comunista,  republicano também, defensor extremado da democracia, criticava ferozmente a globalização, em que as decisões políticas são tomadas na esfera das “grandes relações financeiras internacionais”.

Homem das letras, Saramago era dono de um estilo singular de escrita, com períodos longuíssimos de quase uma página e sem usar o travessão marcando a fala direta dos personagens. Quanto ao Acordo Ortográfico, criticava a demora de seu país em adotar oficialmente o que no papel e em outros países-irmãos já era uma realidade, e reconhecia que revolução linguística autêntica fora a Reforma de 1911.

Mecânico de automóveis na juventude, o homem que chegou a Nobel de Literatura em 1998 nunca aprenderia a dirigir. Ficou traumatizado por, certa vez, cometer um erro  tolo, porém inaceitável na sua condição de entendedor.  Um dia escreveu, sobre ser escritor: “É um ofício em que somos ao mesmo tempo motor, água, volante, mudanças de velocidade e tubo de escape. Talvez, afinal, o trauma tenha valido a pena”.

Tenha a certeza de que sim, Saramago.

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Consulta: terra.com.br; uol.com.br; angoladigital.net; caderno.josesaramago.org

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Um mineirinho safado

E não é que eu fui passada pra trás por um mineirinho muito do safado, que me vendeu glucose de milho como mel?

O danado jogou uma conversa de que o movimento tinha sido fraco naquele dia e que tinha que voltar pra Barbacena (ou seria Uberaba?) levando um pouco mais de dinheiro pra família. Que estava ali, horas e horas a fio, debaixo do sol, sem vender quase nada.

Adicione uma cara de pobre coitado a um sotaque “mineirim” bão dimais que o resultado será 1 litro de glucose de milho encalhado no armário de uma mulher furiosa!

E eu achando que tinha feito um ótimo negócio, afinal, na barganha ele me fez 10 reais de desconto! E olha que, pelo que era, ainda paguei Karo!

Mas tudo bem, não é por isso que eu vou deixar de gostar do povo mineiro, e do seu sotaque delicioso, que tantas vezes já homenageamos aqui.

Quanto ao mineirim sem vergonha, nunca mais vi. Acho que foi vender seu mel batizado em outra freguesia… Por via das dúvidas, quando for comprar mel caseiro de novo, lembrarei de pedir uma provinha antes, só pra ter certeza!